Com um mercado superaquecido em 2022, o setor de obras e infraestrutura deve expandir suas atividades por todo o Brasil. No entanto, o ano não traz apenas novas possibilidades de mercado, mas também regulamentação reestruturada e que promete melhorar a qualidade dos serviços prestados trazendo mais segurança.
Após algumas postergações, a NR 18 foi finalmente revisada e atualizada. A normativa atualizada promete, de acordo com o Ministério do Trabalho e da Previdência, reduzir os custos das empresas em quase R$5 bilhões de reais no período de 10 anos.
Há, deste modo, uma melhoria na gestão das atividades de construção que passa por uma desburocratização dos processos e melhoria na segurança das atividades dos colaboradores.
O novo texto aprovado em fevereiro de 2020 previa um prazo de até 24 meses para as empresas se adaptarem ao que diz a normativa, ou seja, a partir do dia 03 de janeiro de 2022 não havia mais desculpas para descumprir a Norma, que tem força de lei. A nova versão traz alterações, revogações e itens acrescentados.
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Segurança surge quando há capacitação
Há algum tempo me preocupo com a falta de regulamentação quanto às questões de segurança nos campos de trabalho, especialmente na área de içamento de cargas. E em um campo sem leis, o Brasil acabava sofrendo duras consequências, que incluíam tragédias que poderiam ter sido evitadas.
Muitas empresas, como exemplo a Petrobras, buscando reduzir danos, tentavam minimizar os riscos agindo decisivamente nos processos produtivos. Fizeram e fazem isso durante muitos anos criando grupos de trabalho com especialistas, que desenvolveram normas internas para segurança nas operações. É o caso da norma N-1965, que é reconhecida pelo mercado industrial por ser uma fonte de referência para içamento de cargas.
O planejamento, apesar de seguir normas da ABNT e da N-1965, nem sempre era adotado nos campos de trabalho, muito porque colaboradores desconheciam os termos e não eram capacitados para agir em conformidade com o proposto.
Em todo bom planejamento, a capacitação precisa estar prevista. Isso porque:
Também é por meio da capacitação que os profissionais conseguem aprender sobre sinais, serviços operacionais, certificação e recertificação, sendo eficientes nos procedimentos e instruções de trabalhos relacionados.
Para que isso seja possível, o melhor caminho é investir na certificação em centros de treinamentos reconhecidos, que possuam em seus quadros profissionais especializados e referências no assunto. E essa dica vale tanto para empresas quanto para quem está querendo entrar neste mercado.
Para a primeira é um ótimo ponto de partida para a contratação de mão de obra especializada e que sabe efetivamente compreender os serviços que devem ser realizados. Além disso, a empresa também pode exigir na contratação da vaga profissionais bem capacitados, garantindo a lisura do processo. Já para colaboradores, investir na capacitação favorece a contratação por empresas que se preocupam com sua segurança e qualidade dos serviços prestados, bem como aumenta a chance de contratação em decorrência da formação.
Como a qualificação de profissionais pode prevenir acidentes com içamento
Regulamentar, capacitar e transformar a forma de trabalho
O nicho de segurança do trabalho está em alta, especialmente porque a transformação digital modificou a maneira com que as empresas enxergam seus processos. O investimento se converte, automaticamente, em menos perdas e mais lucros, melhor percepção dos riscos e uma mudança na forma de trabalho e saúde da equipe.
A pandemia aumentou a necessidade de conhecimento dos processos de segurança, principalmente no plano de içamento de cargas. Empresas que não se adequarem estarão, inclusive, em desacordo com a legislação, já que a NR 18, citada anteriormente, é uma das normativas que incorporam a capacitação, qualificação, horas de treinamento, etc., no cotidiano das empresas.
Destaco como ponto de atenção no capítulo de equipamentos de guindar, dentre inúmeros itens que foram acrescentados a nova NR-18, que o plano de içamento deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado e deve estar contemplado no PGR. Saiba mais sobre o PGR acessando ao vídeo:
Mesmo que a passos lentos, algumas empresas brasileiras estão mudando a percepção quanto à segurança de seus colaboradores em espaços de trabalho, e quando falamos de içamento de cargas e guindastes a preocupação é ainda mais aparente.
No último ano passei a receber diversas solicitações de organizações que se alertaram para esta situação para ministrar cursos e palestras de capacitação aos seus colaboradores. Nesta área não há segundas chances e a mudança cultural é uma necessidade para a melhoria do comportamento seguro.
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