De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Brasil forma cerca de 40 mil profissionais todos os anos. Mesmo com um número alto de engenheiros (as) entrando no mercado de trabalho, ainda temos espaço para muitos profissionais. Só que, dentro deste cenário, há algumas tendências que se destacam, e eu vou contar um pouco sobre elas aqui.
A primeira tendência que tenho observado no mercado de trabalho é que a capacitação tem sido um grande diferencial. Como são muitos profissionais chegando ao mercado, não são todos que conseguem ser absorvidos.
Destacam-se, portanto, os que são melhor preparados para atender às demandas das empresas. Isso significa que a graduação em engenharia não é mais suficiente para garantir uma posição no mercado.
A tendência caminha em direção de quem não para de se especializar ao longo do tempo.
Outra tendência é o perfil de liderança. Antes, os profissionais da engenharia não precisavam se destacar como líderes, mas agora esse é um perfil altamente desejável dentro das empresas/organizações. Ser líder pode lhe garantir boas posições.
A proatividade também é uma tendência para engenheiros.
Entender que a empresa pode crescer com suas ideias é uma das características super desejadas pelo profissional.
Vejo ainda como tendência o desvio dos engenheiros na área de atuação, ou seja, profissionais atuando fora do mercado da engenharia. Muitos colegas hoje ocupam posições em bancos, mercados financeiros, etc. E isso não é ruim, desde que seja uma vontade sua. Assim como vários bacharéis em direito concluem a graduação para serem policiais, por exemplo, também temos engenheiros (as) concluindo a graduação com o objetivo de serem gestores e líderes.
Os melhores profissionais estão retidos nas empresas. A tendência dessas organizações em segurar os melhores profissionais tem dado muito certo, e as mesmas têm feito isso com salários maiores e investindo na capacitação do colaborador. Em troca, recebe um profissional dedicado e que se doa para encontrar as melhores soluções para a empresa.
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Perfil intraempreendedor na engenharia
Por fim, como última tendência do mercado atual, vejo o perfil do profissional como altamente preocupado com as tendências e crescimento do ambiente, pensando nas organizações como seu próprio sucesso, é o tal do perfil intraempreendedor.
Todas essas tendências que mencionei perpassam a ideia de que o profissional da engenharia está cada vez mais completo e não pode mais ser apenas um cargo técnico. Hoje é preciso estar ligado às pessoas e aos ideais. Com um mercado cada vez mais aquecido, especialmente impulsionado pela Guerra entre Rússia e Ucrânia, 2023 também manterá as altas na área da engenharia, mas só terá destaque quem acompanhar essa nova realidade.
